Jesus era a própria verdade a ser proclamada. Ele falava sobre Ele mesmo, “eu sou a porta” (João 10:9), “eu sou o bom pastor” (João 10:11), “eu sou a ressurreição e a vida” (João 11:25), “eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (João 14:6), e também se apresentou como o fundamento da Igreja, como o Juiz, como o Senhor dos senhores, como a imagem exata de Deus, e outros. Jesus é afirmado como o Filho “especial” de Deus.
Jesus agia dentro de um senso que era baseado e confiado no conhecimento que tinha de Seu relacionamento eterno com o Pai, por isso a Sua mensagem era transformadora. E foi como Filho que Ele proclamou o reino de Deus.
Que mensagem era esta? “Veio transformar as pessoas de maneira total e absoluta (João 3:16-17)” (CARVALHO, 2000, p. 14).
Jesus nunca se contradisse em Suas palavras, Ele era coerente, por isso nos proporciona um modelo totalmente seguro e consistente, porque Ele cumpriu todas as coisas cabíveis a Ele.
Para Jesus, toda mensagem consiste em fazer a vontade de Deus Pai (João 7:15 – 17) e o Seu ensino estava intimamente ligado ao Seu estilo de vida.
Suas palavras eram eloqüentes, e ao mesmo tempo, tão simples, pois eram argumentos usados no dia a dia, faziam de forma mais compreensível a mensagem ser dita. Poderia até parecer que Jesus dizia algo que não fosse compreensível, mas Ele preparava os Seus para que pudessem entender mais tarde as Suas palavras.
O que marcava também a Sua mensagem transformadora, é que ela era baseada na realidade, todos os Seus ensinos foram realizados em situações da vida cotidiana.
Jesus com Sua mensagem procurava construir pontes e não barreiras, sendo assim Sua mensagem era relacional, não estava somente preenchida de conceitos, mas de vida e relacionamentos, tanto que Ele vivia rodeado de perguntas.
Uma característica muito importante de Sua mensagem transformadora é que ela era exatamente aquilo que Deus ordenava. Ela era tão verdade que foram escritas, não simplesmente em um mero livro de História, mas Palavra inerrante, infalível, eficaz, uma mensagem revelada, que após algum tempo, homens foram usados e inspirados a registrarem, tornando possível a nós hoje termos acesso direto às “Palavras de Jesus”.
A mensagem era coesa, satisfazia as necessidades das pessoas, procurava atingir o âmago da vida das pessoas, como elas pensavam, como elas sentiam, como elas desejavam atingir o ponto central. Tornava-se pertinente como ninguém o é, Jesus sabia de todas as debilidades daqueles que o rodeavam.
O objetivo maior era que mudasse a qualidade de vida dos seres humanos em total obediência a Sua mensagem, ou seja, a Ele mesmo, e Cristo podia todas estas coisas, pois Ele ensinava com autoridade. Cristo nunca falou usando palavras tais como: eu acho, penso que, talvez, quem sabe, eu experimentei e vi que era assim e outras da mesma categoria. Não! Jesus usou termos que exprimiam não uma timidez ou apologética talvez, mas falava com autoridade, ele dizia: “eu, porém vos digo”, “em verdade em verdade”, “não pode”, “vós sois” e outros.
Cristo impressionava as pessoas, pois Ele sabia o que estava transmitindo. Visto que para ser seguro na verdade é necessário que se façam exclusões, pois como somos seres pecaminosos, achamos complicado concretizar isso, mas para Cristo não, se você não segue os Seus ensinos não pode ser Seu discípulo (Lucas 14:25 – 33).
A Sua mensagem foi tão impactante e transformadora que as multidões diziam que “jamais se viu tal cousa em Israel” (Mateus 9:33).
O cerne de ser transformadora se encontra no fato que a mensagem era totalmente eficaz. Houve resultados, nem que fosse a repreensão, o espanto, o medo, talvez quem sabe, até o próprio silêncio, ou uma oposição devastadora, mas em todas as Suas palavras, o povo não ficou indiferente ou neutro, mas eram “incomodados”.
Cristo não esperava que automaticamente houvesse uma reação favorável, procedendo assim em uma ação; mas vidas foram modificadas porque ia além da informação, adentrava no campo da transformação.
Jesus era um homem semelhante a qualquer um de nós, exceto no pecar. Ele é o Mestre dos mestres, o Homem que “empolgava” as multidões com palavras desafiadoras, o Mestre que tinha enlêvo naquilo que ensinava, o Mestre que quebrava as barreiras das vaidades humanas e entrava no âmbito da transformação.
Como diz Augusto Jorge Cury, “(...) a escola da existência inclui a clássica e vai muito além dela”, “a melhor escola clássica é aquela que constrói uma ponte sólida com a escola da vida” (1999, p. 120).
Cristo, sim, tinha coragem para expor Seus pensamentos. “Cristo provavelmente foi o maior causador de insônia em sua época” (CURY, 1999, p. 42). Jesus não queria simplesmente “reformar” o homem com Sua mensagem, ou quem sabe apenas melhorá-lo, mas queria produzir um novo homem e produziu.
CARVALHO, Antônio Vieira de. Teologia da Educação Cristã. São Paulo: Eclesia, 2000. 137 p.
CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER. 4 ed. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 1999. 162 p.
CURY, Augusto Jorge. Análise da Inteligência de Cristo: O Mestre dos mestres. 32 ed. São Paulo: Editora Academia de Inteligência, 1999. 227 p.
Eu fico feliz por esta materia sobre a ECristã pois muito necessitamos. Parabens.
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