A quem compete o “papel de educar”? Será que essa responsabilidade é somente dos professores que encontramos dentro das salas de aula? Questionamentos são levantados na tentativa de saber a quem realmente compete essa missão. E sendo que no início do ano grande parte da população volta às salas de aula, é um ótimo momento de repensarmos o que é educação e a quem é incumbido esse papel, se as igrejas, os cristãos, também fazem parte desse processo ou é somente destinado aos espaços escolares, aos profissionais chamados professores.
Primeiros, entendamos que educar é um meio criativo e responsável, que abrange o homem como um todo, em todos os seus aspectos. Com a educação, adquirem-se hábitos e atitudes que provêm de um processo. Ou seja, educação é o processo pelo qual há o desenvolvimento e a formação da vida como um todo do indivíduo: seu caráter, sua personalidade, seu modo de se comportar, seu modo de ser em geral. Sendo que educação está inteiramente ligada a aprendizagem, que é um processo contínuo e não apenas um depósito. O indivíduo adquire o conhecimento, usa-o e vê-se o seu efeito no seu comportamento.
Lembremo-nos de que os princípios educacionais se fundem em uma verdade: que a educação é realizada mesmo que não haja a presença de professores diplomados, basta haver pessoas, ou seja, todos nós somos educadores. Sendo assim, necessita-se haver a compreensão das responsabilidades de se viver em sociedade sendo educadores como somos, mesmo que não saibamos.
Quando nos delimitamos educação ao meio cristão, observa-se que os princípios educacionais não são os nossos, que a “Secretaria de Educação” não é terrena e os alvos atingidos vão além da mera transmissão do saber, mas objetivam a transformação de vidas. Para isso, possuímos um Modelo Maior que é a Trindade Santa, e um exemplo vivo que é o Supremo Mestre em Educação, que é Jesus Cristo. Dele podemos destacar preciosas lições de vida e em tudo seguir os seus passos.
Jesus se fez carne, pois tinha uma missão a ser cumprida que fôra designada pelo próprio Pai. Em todas as coisas Ele foi perfeito e cumpriu cabalmente a sua missão. Seu ensino era eficaz e transformador, Jesus não precisava de grandes multidões ou apenas de uma pequena classe para educar, Ele não tinha púlpito, Ele possuía uma missão.
Nos seus relacionamentos com os discípulos, com os pecadores, com os judeus, enfim, com todos os que estavam ao seu redor, de uma forma indizível, Jesus não possuía uma escola secular, e sim, uma escola de vida onde conceitos eram transformados e pessoas eram valorizadas. Assim como a língua materna que não se restringe em saber ler e escrever, e sim, em descobrir o sentido das letras.
Jesus não ficou limitado a somente um tipo de exposição da mensagem, Ele tinha estratégias e sua sapiência o fazia dizer palavras certas em horas certas com pessoas certas ou até mesmo nada dizia, pois seu silêncio era altamente didático.
Jesus, sim, é o Modelo a ser seguido, por nós, educadores. Precisamos ter a mente de Cristo e para que isso aconteça é necessária a transformação de nosso coração, a renovação da nossa mente e não podemos limitar o poder transformador do Espírito Santo em nossas vidas.
Entendemos então, que educação é responsabilidade de todos os cristãos, e que a nossa missão é levar o “educando” ao aperfeiçoamento moral e intelectual rumo à maturidade espiritual, assim, como Cristo, nosso exemplo maior, fez. Quem é educador deve estar inteirado com a realidade que é estar disposto a servir ao corpo de Cristo por meio do ensino, por meio de sua vida, por meio de seu exemplo.
Como está escrito em Sua Palavra que “com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho de seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus” (Efésios 4:13 e 14). Está claro nas Santas Escrituras qual é vontade do nosso Deus ao que se diz respeito à educação cristã, Ele deseja o aperfeiçoamento dos santos e o que devemos alcançar é a maturidade que está no pleno conhecimento do Filho de Deus, que é o próprio Jesus Cristo.
Cristo é o que deve ser ensinado e vivido quando pensamos em educação cristã, pois é Ele quem deve habitar em nossos corações e nEle devemos estar arraigados e alicerçados em amor (Efésios 3:17). Aprender a viver Cristo em nossa vida e verdadeiramente ser filho de Deus e resplandecer Cristo em nosso dia a dia.
O foco do ministério educacional dentro do corpo de Cristo é servir utilizando o ensino como peça fundamental de um “quebra-cabeça”. O propósito que é atingirmos a conclusão deste “quebra-cabeça” é andar como Cristo andou, fazer o que Ele fez e o que Ele requer que nós façamos também (I João 2:6), pois se nós permanecemos nEle devemos procurar ser como Ele é, para que a cada dia sejamos mais e mais semelhantes a Ele, isto é educação cristã.
É necessário que vivamos como educadores cristãos, mais que isso, homens e mulheres que sejam ilustrações vivas da graça de Deus, de “parábolas” reais reconhecidas pelos homens, de pessoas que não somente falem, mas vivam. Pessoas que saibam estender as mãos, que ultrapassem as barreiras das diferenças étnicas, sociais, que se revistam de humildade e pratiquem o amor, fazendo da educação um estilo de vida segundo Jesus.
Aline Priscila Duarte Saldanha Rodrigues
chik hein ??
ResponderExcluirSAHSUHAUHSUHAUHUHSAS