segunda-feira, 16 de agosto de 2010

VIVENDO ETICAMENTE DE FORMA IRREPREENSÍVEL

O educador não deve permitir que qualquer pecado estrague o seu testemunho cristão, ele deve estar livre de qualquer acusação. O verdadeiro educador cristão não resistirá nem se revoltará contra as expectativas da vida, mas aceitará a mão de Deus sobre si. Estará consciente de que Deus o está moldando, a fim de torná-lo mais semelhante a Seu Filho, através das provações, pois por meio dos sofrimentos Deus pode firmar um homem.


O educador deve estar disposto a pagar o preço e assumir a responsabilidade de levar a bom termo as tarefas que lhes foram entregues, de ser exemplo de vida.

O que seria, então, esta ética irrepreensível? Ter costumes e práticas que aos olhos do nosso próximo sejam aprovadas, ou seja, está intimamente ligado ao caráter do educador.

(...) caráter como equivalente de pauta dominante de conduta, quer dizer, conjunto de hábitos de reação que, ao mostrarem a radical originalidade individual, caracterizam-na. Não é pois o que fazemos, o que sentimos ou o que pensamos e sim o modo como nos comportamos, o elemento comum a nossos hábitos de reação, o que define nosso caráter (LÓPEZ, 1967,p. 245).

O modo de nos comportarmos socialmente pode ser uma das principais fontes de informação para definir qual é o caráter, sendo que um bom caráter é um dos traços fundamentais para o educador, e “é um aspecto da personalidade total que caracteriza um bom professor” (MOULY, 1960, p. 14).

Em todos os momentos, devemos tomar posições éticas que envolvem questões como honestidade em todas as provas que passar, coragem para tomar decisões das quais não nos arrependeremos, um estilo de tolerância e flexibilidade compactuadas com integridade e humildade.

Devemos ter em mente que se somos como espelhos para os nossos “educandos” carecemos de posições que transmitam diferença de vida, que transmitam valores bíblicos. A Palavra nos adverte: “Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens” (Colossenses 3:23).

Os nossos atos revelam quais serão os nossos hábitos e conseqüentemente tornarão parte de nosso caráter, levando-nos assim a um destino próprio. Vigiar pensamentos é uma grande arma para combater o mau caráter.

“Torna-te, pessoalmente, padrão de boas obras. No ensino, mostra integridade, reverência, linguagem sadia e irrepreensível” (Tito 2:7 - 8).

Ser educador é pagar o “preço” vivendo um privilégio de assumir a responsabilidade de levar o bom termo às “tarefas” que lhe foram confiadas, é estar consciente daquilo que ele assumiu de que é um promotor de crescimento espiritual em outros, ou seja, a maturidade espiritual.

Sempre necessita “andar em dia” com a execução de todas as suas ocupações, ter realmente o coração disposto e ligado àquilo que lhe é proposto e um elevado nível de realização pessoal. Sua competência determina o nível de operação em qualquer função.

É exigido também ao educador um alto nível de eficiência, para isto ele precisa estabelecer objetivos, sendo assim requer conhecimento e discernimento penetrantes em todas as suas ações.

O educador, para que não seja repreendido, necessita ser eficaz, lutar pelo equilíbrio, pelo o que é urgente, pelo o que é importante. Não somente reconhecer necessidades, mas trazer luz para soluções emergentes.

O esforço está em ter ouvidos dispostos a ouvir críticas, ou quem sabe, até ser levado a fatigar-se por este esforço. É andar junto, e ao mesmo tempo, não poder se envolver totalmente, é ter cautela para que não seja pedra de tropeço, motivo de escândalos, para que o nome de Jesus não seja ridicularizado através das próprias ações.

Outra característica muito importante para que não haja repreensão é o ato de gostar daquilo que faz, ter esmero e apreço e a cada dia perseverar. Vemos como exemplo a vida dos apóstolos que não cessavam de ensinar e proclamar a Jesus Cristo, de casa em casa e no templo, e era em todos os dias (Atos 5:42), não podemos ser passíveis de murmuração, pois isto é abominação.

Mesmo que na caminhada o educador passe por momentos e situações que abale “toda” a sua estrutura de vida, devemos saber que em todas as suas ações ele deve permanecer ético e sóbrio, pois ele é visto como um referencial e todos os seus atos estão sendo observados e analisados pelos os que estão em sua volta.

O educador precisa saber vencer e enfrentar desafios, não pode desistir ao ver uma “barreira” que aos seus olhos é intransponível, deve-se ter em mente que quem vai à frente é o próprio Senhor Deus.

Uma ética irrepreensível está voltada também no como se realiza aquilo que lhe é imputado fazer, se há esmero, dedicação ou somente o que consegue transmitir é um desespero e uma falta de compromisso, não consegue ser pontual, assíduo e nem mantém boas relações com os seus próximos.

Buscar entusiasmo, humor equilibrado, lealdade, fidelidade, altruísmo, coragem, determinação, disciplina, competência, vida equilibrada e fugir da soberba, do orgulho, da teimosia, da ignorância, da ambição, da vingança, da intolerância, da irascividade, da prepotência, do monopólio, do ciúme, da rejeição, do abuso do poder entre outros são grandes passos a serem alcançados no cotidiano demonstrando uma vida íntegra e sadia diante de Deus e testemunhada aos homens.

O lugar onde se deve ser ético não é somente dentro das quatro paredes da igreja, mas é em casa, na escola, no trabalho etc, e principalmente em lugares onde somos “luz” e o nosso testemunho deve ser fiel.

Paulo instrui a Timóteo para que recomendasse essas coisas: “Dá testemunho solene a todos perante Deus, para que evitem contendas de palavras que para nada aproveitam, exceto para a subversão dos ouvintes” (II Timóteo 2:14) e que também procurasse ser um obreiro que não tivesse do que se envergonhar.

Para não fugir daquilo que é proposto, deve-se permanecer naquilo que aprendeu, pois há um grande perigo de surgirem dentro do meio cristão os falsos ensinos que vêm deturpar todos os ensinamentos anteriormente proferidos. Para que isso não aconteça na vida do educador, confiemos no que Paulo instrui a Timóteo: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (II Timóteo 3:16 – 17).

Só há um caráter transformado e abençoado, quando esse é transformado por Deus, embasado em Seus ensinos, a fim de que sejamos verdadeiros educadores cristãos e não somente seres humanos dotados de habilidades, mas seres como vasos de barro na mão do Grande Oleiro. Aprende-se muito mais com aquilo que fazemos do que simplesmente com aquilo que falamos. Ensino pela vida e não por palavras.

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